O mundo da Fórmula 1 acordou em polvorosa nesta segunda-feira, 10 de novembro de 2025, após uma entrevista explosiva de Danica Patrick no podcast “Beyond the Grid”. A ex-piloto de IndyCar e NASCAR, conhecida por suas opiniões afiadas, mirou direto em Lando Norris, o líder do Mundial de Pilotos. “Ele só ganhou por sorte na maioria das corridas”, disparou ela, sem papas na língua.
Patrick, de 43 anos, não parou por aí. Ela estendeu as críticas a outros astros, como Charles Leclerc e Oscar Piastri, chamando-os de “sobrevalorizados pela mídia”. Mas o foco foi Norris: “Lando tem um carro dominante da McLaren, mas erra demais nas ultrapassagens e na estratégia. É superestimado; suas vitórias são mais mérito da equipe do que dele na pista”. As palavras caíram como uma bomba no paddock, ainda eufórico após o GP do Brasil.

A declaração veio horas depois da vitória de Norris em Interlagos, no domingo, onde ele superou Verstappen em uma corrida caótica com chuva. Com isso, o britânico de 26 anos ampliou sua liderança para 28 pontos sobre Piastri e 52 sobre Max. Mas Patrick questionou: “Na Itália e no México, ele só brilhou porque os rivais falharam. Sem o carro perfeito, ele seria médio”.
A reação foi imediata nas redes sociais. O hashtag #DanicaErrada explodiu no X, com fãs de Norris postando memes de Patrick pilotando um kart infantil. “Ela nunca ganhou uma Indy 500 de verdade, como vai julgar um futuro campeão?”, tuitou um seguidor da McLaren. Outros defenderam: “Danica fala verdades incômodas; Norris precisa provar mais”.
Apenas 10 minutos após o episódio do podcast ir ao ar, Max Verstappen, o holandês da Red Bull, postou no X: “Sorte? Pergunte aos engenheiros da McLaren quanto suor colocaram nisso. Danica, foque no que sabe: festas em Vegas”. O tetracampeão, terceiro no Mundial, usou o momento para cutucar, mas evitou escalada, focando na preparação para Las Vegas.
Verstappen, que terminou em P3 no Brasil após uma defesa heróica contra Antonelli, tem usado as polêmicas como combustível. “Eu respondo na pista, não em podcasts”, disse ele em uma live rápida. Sua resposta rápida surpreendeu, mostrando o quanto a rivalidade com Norris está acirrada nas retas finais da temporada.
Andrea Stella, chefe da McLaren, emitiu uma nota oficial: “Lando é um talento puro, com vitórias conquistadas por habilidade e coragem. Opiniões externas não nos distraem; estamos focados no título”. Zak Brown, CEO, retuitou com um emoji de risada: “Sorte? Nós chamamos de genialidade”.
Os fãs brasileiros, ainda vibrando com a corrida em Interlagos, se dividiram. Muitos, fiéis a Norris após sua vitória sob chuva torrencial, criaram petições online para boicotar aparições de Patrick em transmissões. “Ela desrespeita o esporte que ama”, escreveu um torcedor no Reddit. Outros, mais radicais, pediram sua exclusão da Sky Sports F1.

Patrick, que já enfrentou críticas em transmissões anteriores – como no GP de Miami, onde questionou o carro de Norris como “não perfeito” –, defendeu-se em stories do Instagram. “Eu adoro F1 e falo o que vejo. Norris é bom, mas precisa de consistência para ser grande. Sem ofensas, só análise”. Sua fortuna de US$ 80 milhões, vinda de patrocínios e negócios, a blindam de boicotes.
A controvérsia remete a rivalidades passadas, como as farpas entre Senna e Prost. Em 2025, com a McLaren dominando o grid graças à MCL40 aerodinamicamente superior, críticas como essa alimentam o debate: talento ou máquina? Norris, que venceu quatro GPs este ano, respondeu indiretamente em uma coletiva: “Eu dirijo, não ouço podcasts. Meus troféus falam por mim”.
Enquanto isso, Piastri, companheiro de Norris e vice-líder, riu da situação em uma entrevista à ESPN. “Danica tem razão em uma coisa: sorte ajuda, mas no Brasil, foi pura pilotagem. Lando mereceu cada segundo”. Sua P2 em Interlagos o deixa colado no campeonato, com 24 pontos de desvantagem.
Kimi Antonelli, o prodígio de 19 anos da Mercedes, que roubou o show com P2 no Brasil, comentou: “Opiniões são livres, mas resultados contam. Norris está voando; ignore o barulho”. A Mercedes, em ascensão, sonha com o pódio em construtores, graças a upgrades no W16.
Christian Horner, chefe da Red Bull, viu oportunidade na treta. “Isso mostra o quanto Norris é pressionado. Max está calmo; ele sabe virar jogos”. A equipe austríaca planeja um pacote aerodinâmico para Las Vegas, pista de rua que favorece a agressividade de Verstappen.
Nas redes, o burburinho cresceu. Memes de Patrick com capacete de Norris viralizaram, misturando humor e raiva. Um vídeo editado mostrou suas “análises” passadas, como a de Austin, onde Jenson Button revirou os olhos ao vivo – um momento que virou GIF eterno.
A FIA, sempre atenta a polêmicas, não se manifestou, mas fontes internas sugerem monitoramento de “declarações inflamatórias”. Precedentes, como o caso Rosberg-Hamilton em 2016, mostram que o esporte tolera, mas pune excessos.
Para Norris, isso é motivação extra. Em treinamento no simulador da McLaren, ele confidenciou a amigos: “Palavras não doem; derrotas sim. Vou calar todo mundo em Vegas”. Sua namorada, a influenciadora Magui Corceiro, postou: “Meu campeão ignora haters. Foco no pódio”.

O podcast de Patrick ganhou 500 mil views em horas, impulsionando sua marca. Críticos a acusam de caçar cliques, mas ela rebate: “Eu quebrei barreiras no automobilismo; mereço voz”. Sua vitória na Indy 300 de 2008, única de uma mulher na categoria, a credencia, dizem fãs leais.
Com três corridas pela frente – Las Vegas, Catar e Abu Dhabi –, o título pende por um fio. Norris lidera com 320 pontos, Piastri 296, Verstappen 268. A McLaren tem 78 de vantagem em construtores sobre a Red Bull. Qualquer deslize pode mudar tudo.
Analistas como Martin Brundle, da Sky, ponderam: “Danica cutucou a onça; agora vemos se Norris ruge”. Brundle, que cobriu o Brasil, elogiou a maturidade de Lando: “Ele cresceu com as críticas; isso o torna imbatível”.
Enquanto o mundo discute, Interlagos ainda ecoa os gritos de “Lando! Lando!”. A torcida brasileira, apaixonada, transformou a vitória em festa nacional, com faixas irônicas para Patrick: “Sorte? Nós chamamos de destino”.
A F1, esporte de velocidade e drama, ganha com essas faíscas. Audiência no Brasil bateu 18 milhões na Globo, recorde. A rivalidade Norris-Verstappen, agora com pitadas de Patrick, promete finais eletrizantes.
Verstappen, em entrevista à Viaplay, finalizou: “Deixe ela falar. Eu provo com ações”. Seu histórico de viradas, como em 2021, assusta rivais. A Red Bull aposta em estratégia para Las Vegas.
Norris, de volta a Woking, postou uma foto no ginásio: “Treino pesado, mente limpa. Título vem”. Seus 700 pontos em jogo nas finais definem legados.
Patrick, por ora, some das telas – Sky optou por Button e Brundle em Vegas. Mas sua voz ecoa, questionando: sorte ou genialidade? Só a pista julgará.
A temporada 2025, já histórica pela dominância McLaren, ganha camadas humanas. De Interlagos a Yas Marina, o asfalto dirá a verdade. Norris superestimado? O tempo, veloz como um F1, responde.
